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A atividade política é uma das mais impressionantes que o engenho humano logrou conceber, demonstrando o quanto a Graça Comum do Criador se fez patentear na índole da nossa espécie, irradiando seus raios benfazejos sobre os bons e os maus. Todas as conquistas jurídicas, sociais e econômicas das quais o homem usufrui hoje, e que lhe facilitam a vida, são fruto de decisões tomadas por seus representantes, eleitos ou não eleitos, nas casas legislativas, gabinetes e órgãos jurisdicionais, além de agremiações políticas, entidades de classe e de organizações da sociedade civil, através de processos adequados e dotados de encadeamento lógico, e que atingiram a finalidade de satisfazer o bem comum das coletividades humanas.

Por óbvio, A Santíssima Trindade é a sua inventora, pois, ao instituir o universo e as normas que o regem, exerceu o Seu Poder Constituinte Originário, pleno e ilimitado, para legislar, administrar e exercer sua jurisdição sobre todas as coisas e criaturas, condensando todos esses comandos, de forma ao mesmo tempo analítica e sintética, mas facilmente assimilável em um documento escrito denominado Bíblia Sagrada. Fica demonstrado, portanto, que é bastante precisa a ideia que compara a Palavra de Deus à carta constitucional de um Estado soberano.

Todavia, a natureza decaída do ser humano tratou de desvirtuar todos esses conceitos. E o que nós vemos hoje em nosso país: os órgãos de representação política dos três poderes da República, nas esferas de governo federal, estadual e municipal, tornaram-se feudos do poder econômico, o qual, nas suas mais variadas expressões, compra mandatos e consciências de muitos desses representantes a peso de ouro, sempre de forma ilícita, ora assaltando o Tesouro Público, ora fazendo normas visivelmente imorais, usando o Estado brasileiro como instrumento de alavancagem de seus negócios, à custa da perpetuação da miséria para milhões de pessoas. E a Igreja, que deveria se contrapor a esse status quo, quando não fecha os olhos para ele, participa do mesmo banquete imundo. E o que é pior: quando pegos em flagrante, dizem, da forma mais descarada possível, que procederam dessa forma ímpia em favor da causa do Evangelho!

O texto que ora começa se destina justamente a mostrar, à luz das Escrituras, os vícios do Protestantismo brasileiro contemporâneo no que concerne a conceitos e práticas políticos, evidenciando o distanciamento que se verifica, na sociedade brasileira como um todo, entre estes e as normas jurídicas, morais e éticas, a triste semelhança desse quadro com o que acomete a igreja (que deveria ser sal e luz, contrapondo-se a tal iniqüidade) e as soluções para que o Povo de Deus se redima dessas falhas, cumprindo com exatidão o papel profético e o testemunho fiel que dele se espera. Alguns podem considerar uma mudança de rumo algo impossível de acontecer, mas eu acredito em uma igreja guiada pelo Espírito Santo, que vence os desafios que se lhe impõem pelo Poder d’Aquele que está nela.

A crise de representação, o voto de cabresto e a troca de favores

Um dos fenômenos mais estudados pelos cientistas políticos contemporâneos é o do descompasso entre as expectativas dos eleitores e as práticas posteriores dos eleitos, principalmente dos membros do Poder Legislativo. Na verdade, essa é uma discussão que remonta a fins do século XVIII, mais precisamente ao processo revolucionário francês, desde o qual os conceitos de duplicidade (o parlamentar representando mais a sua consciência do que a vontade dos cidadãos) e de identidade (o mandato legislativo inteiramente subordinado à vontade do eleitor) disputam a preferência dos constituintes originários, tendo o brasileiro preferido a primeira modalidade citada, quando elaborou a Carta Magna de 1988.

Todavia, à medida que os custos das campanhas eleitorais se encarecem, esse fosso entre eleitor e eleito se amplia, pois, na ânsia de obter recursos com que se possam pagar as vultosas despesas de campanha, o candidato firma compromissos espúrios em troca das doações de grandes grupos econômicos, que buscam influência nas decisões de Estado para incrementar seus negócios. Uma vez de posse do mandato outorgado pelas urnas, o eleito tenciona satisfazer a vontade do financiador, não apenas legislando em favor deste, mas assaltando as burras estatais e exigindo a sua parte nesse butim (os famosos 10% ou mais), lesando, direta ou indiretamente, os interesses dos que o escolheram.

Frise-se, por oportuno, que esse processo de corrupção, longe de ser exclusividade de uma facção política, com alguns desejam fazer crer, é conseqüência de um fenômeno muito maior e mais antigo de concentração de poder político e riqueza, que remonta às nossas origens ibéricas. Raymundo Faoro, no já clássico Os Donos do Poder, mostra que a confusão entre público e privado, que resulta no comportamento patrimonialista descrito no parágrafo acima, tem origem na formação do Estado português, pois o rei, à medida que arrebatava terras aos castelhanos e árabes, as tomava para si, de forma que não se sabia o que era sua possessão pessoal ou do reino. Daí a ideia de uma elite que se apossa dos bens públicos, confundindo o público com o privado.

Bancada evangélica está em todas as maracutaias…

Achou pouco? Tem mais. O histórico brasileiro em matéria eleitoral ainda apresenta outra característica marcante: a coerção, inclusive física, dos chefes locais sobre o eleitorado. Nossa trajetória é prenhe de “eleições do cacete”, currais eleitorais, pleitos fraudados a bico de pena, tudo para a manutenção do status quo. Do Império á República Velha, e com cada vez menos força até os nossos dias, a tradição tupiniquim é a de seqüestro da vontade livre e soberana do eleitorado por uma liderança paroquial, que por sua vez, se subordina a escalões maiores de poder. As fraudes rareiam em nossos dias, mas alguns grotões do país, inclusive em centros urbanos, fazem questão de se submeter aos caprichos de chefetes locais, numa emulação descarada do velho coronelismo que dominou a política nacional até a Revolução de 30.

Essa volta histórica foi longa, mas necessária para constatar, com a mais absoluta tristeza, a total identidade da igreja evangélica brasileira do século XXI com práticas políticas do século XIX ou de bem antes. Afinal, o que se vê e se ouve nos templos Brasil afora em matéria de política, basicamente, é a indicação dos candidatos a serem sufragados nas urnas pela massa de fiéis. E nisso a liderança não poupa esforços (e despesas), fazendo um movimento interessante: promovem eventos que arrastam centenas de milhares de pessoas para darem uma demonstração do tamanho do capital político por eles controlado (eis aí uma das finalidades das “Marchas para Genésio”), a fim de “venderem” esse apoio na época do pleito, em troca da encampação de uma agenda que atenda aos seus interesses igrejeiros, como a defesa de valores de aparência cristã, recursos do orçamento público para fundações “assistenciais” ou mesmo para reforma de templos, troca de apoio em projetos de interesse mútuo etc.

Máfia das ambulâncias, Sanguessugas e Mensalão.

Ex- Dep. Federal Pastor Amarildo Martins da Silva – Suplente de Senador pelo Tocantins

MPF/TO obtém condenação de envolvidos na Máfia das Sanguessugas

Decisão da 2ª Vara da Justiça Federal no Tocantins acatou os pedidos constantes em ação por improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público Federal e condenou os empresários Darci José Vedoim e Luiz Antonio Trevisan Vedoin, o ex-deputado federal Amarildo Martins da Silva (Pastor Amarildo), o ex-prefeito de Lizarda José Alvino de Araújo Souza e a ex-integrante da comissão de licitação do município Ana Lúcia Bezerra de Sousa. Todos participaram do esquema de desvio de dinheiro público através da venda de emendas individuais ao Orçamento Geral da União, fraude à licitação e superfaturamento na compra de ambulâncias e equipamentos hospitalares conhecida como Máfia das Sanguessugas. A sentença refere-se a esquema para compra de ambulância para o município de Lizarda.

Sentença – Pastor Amarildo no tempo Dep. Federal e Atual suplente de Senador, Darci e Luiz Antonio Vedoim, foram condenados ao ressarcimento solidário de R$ 19.723,01 tiveram seus direitos políticos suspensos e estão proibidos de contratar com o poder público por dez anos. Darci e Luiz Antonio Vedoim deverão pagar multa civil no valor de R$ 10 mil enquanto Amarildo terá que pagar multa civil de R$ 20 mil além de devolver R$ 7.272,72 acrescidos ilicitamente ao seu patrimônio. Este valor é referente à propina recebida pela emenda apresentada ao orçamento da União, equivalente a 10% da transferência realizada para aquisição da ambulância.

Imaginem que bancada evangélica os cristãos evangélicos têm em todo Brasil para “representar” a igreja que é de Cristo. Mas é bom lembrá-los, de que Deus não precisa de representantes, sejam eles políticos, advogados ou juízes. Já passou da hora de banir do meio da igreja esses mercenários, mafiosos e ladrões que se intitulam Pastor, mesmo porque o governo de Deus não é aqui, se assim fosse ele era o presidente ou rei aqui na terra.

Fonte: Assessoria de Comunicação – Procuradoria da República no Tocantins                                             Ascom@prto.mpf.gov.br Fone:(63)3219-7298

Nesse último aspecto, chama a atenção uma parceria espúria firmada entre as bancadas evangélica e da indústria, há meses atrás, na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados: a fim de conseguirem apoio para barrar um projeto de lei que concede direitos previdenciários a dependente de homossexuais, os deputados evangélicos sufragaram uma manobra regimental para derrubar a taxação sobre grandes fortunas, cujos recursos seriam destinados exclusivamente ao custeio do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso sem contar o toma-lá-dá-cá que houve quando do famigerado escândalo do “kit gay”: para barrá-lo, o partido gospel, por meio de seu presidente, o deputado goiano João Campos (PSDB), chantageou o governo com a convocação do sempre enrolado Antonio Palloci para explicar seus malfeitos. (http://extra.globo.com/noticias/brasil/parceria-industria-igreja-derruba-votacao-de-imposto-de-grandes-fortunas-4852991.html)

Trocando em miúdos: a membresia só serve como massa de manobra na hora de eleger representantes desse tipo. Na hora de legislar em favor dos próprios irmãos na fé, pois muitos crentes de camadas menos favorecidas dependem da saúde pública para terem algum acompanhamento médico, os clérigos-parlamentares abandonam suas ovelhas à própria sorte e se abraçam aos ricos do presente século. E o que é pior: num país com uma concentração de renda ainda vergonhosa, invocam a pseudo-defesa de valores cristãos para se escusarem das suas próprias responsabilidades para com os mais fracos! É vergonhoso, para dizer o mínimo.

Obrigado Jesus pela propina nossa de cada dia.

A ausência de um testemunho fiel

E não para por aí a tosca emulação da política mundana perpetrada por nossos “representantes” góspis: é conhecido o envolvimento de muitos deles em demandas judiciais rumorosas, que apontam para o cometimento de ilícitos penais e civis cabeludos. Matéria publicada neste Genizah no último dia 6 de abril mostra o rol de deputados federais de confissão cristão-protestante que estão no banco dos réus em processos nas Justiças Estaduais, Federal, Eleitoral e nos Tribunais de Contas. Fora senadores, deputados estaduais, governadores, vereadores e prefeitos alegadamente servos ungidos de Jesus (ou seriam untados de Genésio?) que também são pilhados com traves imensas varando seus olhos, enquanto catam ciscos nos globos oculares de terceiros. (http://www.genizahvirtual.com/2012/04/maioria-dos-deputados-evangelicos.html)

Esse rosário de desvios éticos toca num ponto nevrálgico do testemunho dos de fora: até bem pouco tempo atrás, “evangélico” era sinônimo de pessoa honesta, de boa-fé, cuja palavra empenhada valia ouro. Hoje, não são poucos os casos em que os ímpios se embasbacam com a cara de pau de muitos “cristãos”, e não apenas na política. Vários fatores influenciaram essa mudança, que é mudança tanto de percepção quanto de comportamento mesmo, mas a maior delas é a influência da cosmo visão pseudo-pentecostal, que bebe nas fontes pútridas da teologia da prosperidade e da confissão positiva.

Explico: os anos 80 foram uma época de congraçamento entre as várias correntes do protestantismo brasileiro, e justamente o momento em que os neopentecostais começam a ascender no cenário evangélico. E uma das ideias mestras do neopentecostalismo é a de que Deus é obrigado a nos atender. Ora, se Ele não me atende na hora em que eu quero, que mal há em eu adiantar um pouquinho as coisas, por meio do meu esforço, nem que para isso eu passe por cima de tudo, até da Palavra de Deus?

As demais igrejas, mesmo sabendo da periculosidade das doutrinas novas, são pegas de calças curtas, não oferecendo uma resistência suficientemente forte ao despautério teológico que nascia. E não apenas isso, mas também há um intercâmbio bastante forte entre as correntes bíblica e anti-bíblica, por meio de instituições como a ADHONEP, por exemplo. O intercâmbio herético era inevitável. Tanto que no rol acima mencionado há presbiterianos e metodistas, o que demonstra que nem os históricos, tidos principalmente por si mesmos como 100% breanos, escaparam da influencia dessa lógica do vale tudo.

A imposição de um pensamento único

Em resumo, observo de tudo e retenho o bem (1 Ts 5:21), julgando segundo a reta justiça (Jo 7:24)

Reafirmando o meu testemunho daquela ocasião, e crendo na convivência democrática entre os divergentes (coisa que aqui não é teoria, é prática), reconhecendo que à direita há irmãos honestos, gente de bem, amantes da inerrante e infalível Bíblia Sagrada, penso, como eles, mesmo pensando diferente, em tudo que é verdadeiro, amável, justo, puro, de boa fama e em que há virtude e louvor (Fp. 4:8).

Quem quiser, fique a vontade para se retalhar de raiva. Sou do Senhor. Trago no meu corpo as marcas de Jesus (Gl. 6:17). E é assim que penso.

A Igreja de Cristo não deve buscar criar situações artificiais, quando a nós está destinado governar com o Rei dos Reis no Seu Milênio. Aliás, se somos tão críticos em relação aos muçulmanos e suas conversões forçadas, às tantas vidas que ceifaram a fio de espada (e a bomba) em nome de Alá, por que buscamos fazer o mesmo, ouvindo líderes interesseiros e mentirosos que buscam “limpar o terreno” dos diferentes e inconvenientes, apenas para exercerem de forma abusiva o primado (3 Jo. 9), e serem ditadores tão ou mais odiosos sobre nossa pobre república quanto o são nas igrejas-empresa de sua propriedade? Gostariam esses falsos profetas

Ao contrário, o modelo a ser seguido, constante na Palavra de Deus, é o de uma comunidade que “conta com a simpatia de todo o povo” (At. 2:47), intransigente na defesa da sã doutrina e na mensagem do Crucificado, mas que ama a todos indistintamente. Que não quer que nenhuma alma se perca, mas que todos, inclusive aqueles que foram eleitos pelos neo-fariseus neoconservadores contemporâneos, do alto de sua soberba demoníaca, como irrecuperáveis, venham ao arrependimento e ao conhecimento de Cristo (2 Pe. 3:9,18). Que emula o comportamento de seu Mestre, o qual não receava ser visto com publicanos, meretrizes, os rejeitados de sua época, mas resgatou e regenerou muitos deles, e os fez seu povo e ovelhas do seu pastoreio (Sl. 100:3). Como testemunha uma das muitas lápides nas catacumbas romanas, uma instituição cujos integrantes são “amigos de todos e inimigos de ninguém”. É contra essa Igreja, que efetivamente faz a diferença em um mundo perdido, que as portas do inferno não prevalecem.

Portanto, é abominável, à luz da Bíblia, a pretensão da politicagem gospel de querer criar um Irã evangélico em terras brasileiras, uma espécie de califado pseudo-cristão que pretenda impor uma coisa que só Deus pode operar – a transformação de mentes – e cuja única contribuição que nós podemos dar é na pregação fiel do Evangelho, permitindo que o Deus de Toda a Terra faça o restante. Coisa na qual quase todos os pretensos “aiatolás protestantes” brasileiros deixam muito, mas muito mesmo, a desejar.

Como fazer a diferença?

A história do povo de Deus (Israel e Igreja) é uma historia de recomeço. Muitas vezes, é preciso enfrentar um processo doloroso de demolição de estruturas corrompidas, geradas na nossa mente depravada, mas com o consolo de que o alicerce (Bíblia), desenhado pela própria Pedra Angular (Jesus), já estará lá. E temos agora uma oportunidade de ouro para fazermos isso, pois estamos diante dos pleitos que definirão os próximos prefeitos e vereadores municipais para o quadriênio que se inicia em 1º de janeiro de 2013. É hora, portanto, de revermos conceitos em nossa prática política cotidiana, a fim de estarmos cada vez mais com a nossa mente moldada à de Cristo. Para isso, algumas mudanças de postura são necessárias, e aqui eu sugiro um punhado delas, deixando os leitores à vontade para acrescentarem mais ideias boas e bíblicas ao rol que se segue. Vamos a elas:

1) Saber pregar a Palavra de Deus com a Verdade, sem ofensas pessoais ou grupais, a fim de que o mundo se lembre de que a nossa repulsa não é a pessoas, e sim a comportamentos reprovados por essa mesma Palavra;

2) Exercer de forma consciente a cidadania, negando voto não apenas a quem quer “destruir a vida e a família”, mas também a políticos pretensamente evangélicos que caçoam da Palavra de Deus, o que já é um demonstrativo de falta de caráter cristão, e da justiça humana, em desacordo com o que Paulo recomenda em Romanos 13:1-7;

3) Lutar pela Liberdade de Expressão, que, no plano político e jurídico, é a maior expressão da liberdade, segundo Tocqueville. Ao fazermos isso, não apenas estaremos defendendo contra os PLCs 122 que surgirem o nosso direito de expressarmos, em qualquer lugar e por qualquer meio, sem desembaraço algum, a nossa cosmo visão, baseada no resgate, por Deus, da dignidade do homem decaído, mas toda a sociedade;

4) Defender as instituições públicas (Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Ministério Público, Polícia, Forças Armadas etc.) e o seu aperfeiçoamento, vigiando contra qualquer tentativa de supressão do Estado Democrático de Direito por gente de mente cauterizada, venha ela de onde vier, manifeste-se da forma que se manifestar. Do golpe militar ao suborno do guarda, passando pela tortura, pela violação ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa, devemos lançar de nossa mão a iniqüidade (Jó 11:14), não compactuando com práticas que de cristãs não têm nada;

5) Exigir, das lideranças das congregações, disciplina eclesiástica para os maus políticos “evangélicos”, principalmente para os que exercem o ministério da Palavra. Tal medida, embora possa ser considerada delirante, principalmente pela quadra em que vivemos, com igrejas que têm dono e pastores pragmáticos, que preferem fazer da Bíblia confete a molestar o irmão-deputado, teria o efeito pedagógico de mostrar às gerações presentes e futuras de que nós não somos coniventes com pecado nenhum, e de que não há pecado apenas em ser gay ou aborteiro, mas também o há em ser ladrão do dinheiro do povo ou do seu futuro, o que é bem pior;

6) Na mesma toada, exigir dos patrulheiros gospels da opinião alheia, na internet ou fora dela, um pouco mais de compostura. Eles devem ser lembrados de que o Senhor não é propriedade de um partido ou de uma facção. Da mesma forma, eles não têm o poder, que só Deus tem, de lançar seus desafetos no inferno – muito embora desejem isso ardentemente (perdoem o trocadilho). Devem ser ainda, admoestados a basear seus julgamentos na Palavra de Deus, e não em credos políticos particularíssimos, disfarçados numa teologia de fundo de quintal;

7) Ter sempre em mente o entendimento de que qualquer perseguição sofrida pela Igreja é bíblica e profética. Não fosse assim, jamais teríamos mártires, muito menos o seu testemunho inspirador. Ao contrário dos malandros que asseveram que estaríamos perdendo uma guerra cultural, bolando uma versão de araque da Kulturkampf de Otto von Bismarck, o testemunho das Escrituras é exatamente o oposto: o Senhor da Igreja já decretou sua vitória. Aleluia! Por isso, ao mesmo tempo em que nos afadigamos para levarmos a Boa Nova da Salvação, descansamos na certeza inarredável de que ela jamais deixará de ser pregada, pois servimos ao Senhor da História.

Encerro este texto, que foi um dos mais difíceis que produzi (quantas horas me prostrei diante de ti, Rei meu e Deus meu, para que me concedesses essa graça!) com o vídeo abaixo, no qual Ariovaldo Ramos, muito antes que o cartapácio acima viesse à tona, expôs de forma mais resumida (e mais talentosa, creio), o que aqui se registrou. Que o Pai das Luzes (Tg. 1:17) nos abençoe! http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=7Al_gsfTVg0