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Pastor Ed René Kivitz fala sobre orgulho e vaidade e afirma que “o Reino de Deus é coisa de criança”. Leia na íntegra

A simplicidade do mundo infantil e a forma ingênua das crianças de olhar para a vida foram tema de um sermão de Jesus em seu ministério, e fonte de inspiração para um artigo do pastor Ed René Kivitz.
Kivitz, que é pastor da Igreja Batista da Água Branca (IBAB), em São Paulo, e escritor, publicou sobre o assunto no site da igreja: “Jesus pegou uma criança no colo e deixou muito claro que quem não se torna igual a uma criança não pode entrar no reino dos céus, pois o reino dos céus pertence aos que são semelhantes às crianças [Mateus 18.1-5; 19.13-15]. Naquele dia as crianças se tornaram um padrão para a espiritualidade cristã”, escreveu o pastor.
Em seu texto, Kivitz afirma que “Jesus não pretendia que nos tornássemos iguais às crianças em todas as dimensões da infância”, pois não pesam sobre as crianças, as responsabilidades que são atribuídas a adultos, mas que as crianças e sua pureza serviriam referência: “Elas ainda não foram contaminadas com os paradigmas do mercado, que valora pessoas de acordo com posição social, conta bancária, ou potencial de favorecimento e trocas de favores”.
-Uma criança jamais perguntaria para Jesus “quem é o mais importante no reino dos céus?”, pois não lhes passa pela cabeça que um ser humano pode ser maior ou menor do que o outro em termos de valor intrínseco – aliás, nem imaginam que exista ou o que seja esse tal de “valor intrínseco” – explica o pastor Kivitz.
De posições bastante contundentes a respeito da necessidade de conduta do cristão segundo os exemplos do próprio Jesus, Ed René Kivitz ilustra com a passagem bíblica de Mateus a mensagem de amor ao próximo: “A exortação de Jesus aos seus discípulos sublinha exatamente esses traços próprios das crianças: o absoluto despojamento das disputas de poder e a absoluta ignorância a respeito das hierarquias que separam os seres humanos uns dos outros, e promovem toda sorte de guerras e conflitos, que somente se justificam pela vaidade e o orgulho dos egos que pretendem se afirmar às custas da diminuição e destruição dos demais”.
Ed René Kivitz encerra sua reflexão afirmando que “O reino de Deus é um reino para gente com coracão de criança. Todo mundo brincando de roda, cada um segurando na mão do outro, sem restrição para quem chegar, apoteose da fraternidade universal, sob a benção do Pai, do Filho e do Espírito Santo, numa santa e bendita folia”, e emenda: “Coisa de criança”.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Coisa de Criança”, do pastor Ed René Kivitz:
Há muitas fases na vida de uma igreja. Saber em que fase a sua igreja está é crucial à saúde e à longevidade dela e, o mais importante, ao progresso futuro do evangelho. As seguintes nove fases da vida de uma igreja procedem de minhas observações na implantação da Mars Hill Church e na assistência a centenas de outras implantações de igrejas por meio do ministério Atos 29. 
1. Gestação Nesta fase, uma visão é plantada. Deus chama um líder (ou líderes) para começar uma nova igreja e esclarece os detalhes da visão. Um grupo inicial de pessoas é reunido, um local de reuniões é provido, alguns ministérios começam a se formar, e recursos financeiros são obtidos.
2. Nascimento Durante esta fase, a igreja deixa de ser um conceito e se torna uma realidade. Ela se abre para convidar a comunidade mais ampla e focaliza sua atenção em evangelização, crescimento e implementação de novos sistemas, estabelecendo novos líderes.  
3. Infância Infância é o período de tempo em que a frequência à igreja se torna um tipo de padrão estabelecido, planos de longo prazo se iniciam, novos programas são acrescentados, e estruturas administrativas se desenvolvem, a fim de se prepararem para crescimento numérico e envolvimento na missão da igreja. 
4. Adolescência Nesta fase, membros da igreja começam a assumir posições de maior liderança, o governo da igreja começa a se formar, a frequência à igreja e a contribuição financeira começam a aumentar.  
5. Maturidade Quando uma igreja começa a amadurecer, o número de líderes é aumentado, a igreja ganha a confiança de que agora tem estabilidade suficiente, o governo e a liderança da igreja são solidificados, a frequência à igreja e a contribuição financeira se tornam mais fortes. A igreja é agora independente, governa-se a si mesma e financia-se a si mesma. É também comum que igrejas nesta fase comprem suas próprias acomodações. 
6. Paternidade Paternidade é o tempo quando a igreja está pronta para reproduzir-se por dar liderança e recursos financeiros para o início de outro ciclo de implantação de igreja. Isto resulta no surgimento de uma nova congregação. Neste caso, o fato singular é que a igreja patrona da implantação da nova igreja tem um interesse permanente em orar por e ser responsável pelo novo trabalho, visto que tem-se sacrificado por ele.  
7. Descendência Esta época da vida de uma igreja ocorre quando ela já implantou tantas igrejas que começa a ver igrejas implantadas de terceira e quarta geração.
 8. Morte Quando uma igreja não é saudável, ela morre. Uma igreja não é saudável quando ela deixa de experimentar crescimento nas conversões ou deixa de atrair líderes jovens. Nesta altura, os membros da igreja se deparam com um dilema crítico. Primeiro, podem negar a morte iminente da igreja, vender seus bens para prolongar sua morte, redefinir sua missão para proteger sua morte ou apenas sobreviverem enquanto a igreja morre lenta e dolorosamente, reescrevendo os melhores anos de sua história para sentirem-se significantes e bem-sucedidos. Segundo: podem tomar sua morte iminente como uma oportunidade para ressurgir.
 9. Ressurreição Nesta fase, os membros de uma igreja sabem que ela está morrendo ou, pelo menos, não é tão saudável e frutífera como deveria ser e decidem, humildemente, encerrar a sua organização e reimplantar a igreja. Reimplantações são feitas normalmente pela contratação de um novo pastor empreendedor para começar com os bens existentes e com a liberdade de acabar programas, excluir pessoas problemáticas e decidir o que fazer com suas instalações. Doar as instalações e os bens para um plantador de igreja ou para uma igreja que está crescendo é outra opção. Igrejas que têm esta humildade e sabedoria devem ser estimadas como igrejas-modelos pela maioria das igrejas que não se desenvolvem ou estão em declínio e precisam ter uma visão para a um futuro frutífero e fiel. 
 Em que fase está a sua igreja?